terça-feira, 27 de abril de 2010

Leite de Soja X Leite de Vaca


Este estudo demonstra de forma clara o quanto o leite de vaca é prejudicial à saúde, principalmente, das crianças de 0 a 5 anos. O texto a seguir é apenas a discussão. Se quiser ler o estudo completo passe seu e-mail através de um comentário, terei imenso prazer em enviar o arquivo.

Consumo de leite de vaca e anemia na infância no Município de São Paulo

Cow’s milk consumption and childhood anemia in the city of São Paulo, southern Brazil
Renata Bertazzi Levy-Costa e Carlos Augusto Monteiro
Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde. Universidade de São Paulo. São Paulo,
SP, Brasil. Departamento de Nutrição. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil

A partir de amostra representativa de crianças com idades entre seis e 59 meses e da coleta e análise de informações sobre consumo de leite de vaca, concentração de hemoglobina e variáveis que poderiam confundir a relação entre essas duas variáveis, evidenciou-se que o aumento na participação relativa do leite de vaca na dieta infantil associa-se significativa e independentemente ao aumento do risco de anemia.

A associação entre consumo de leite e o risco de anemia manteve-se significativa, mesmo após levar-se em conta o efeito diluidor do consumo de leite sobre a densidade de ferro da dieta, evidenciando, assim, possível efeito inibidor do leite sobre a absorção do ferro presente nos demais alimentos ingeridos pelas crianças. Embora se admita que os instrumentos utilizados para aferição do consumo alimentar (inquérito recordatório) e da dosagem de hemoglobina (hemoglobinômetro portátil) comportem erros de aferição,10,22 tais erros não devem estar associados, o que levaria, portanto, à subestimação da magnitude da real associação encontrada entre consumo de leite e risco de anemia. É também importante notar que a avaliação do consumo alimentar da criança era feita antes do exame de concentração de hemoglobina, não havendo, portanto, conhecimento do status anêmico ou não anêmico da criança, seja por parte do entrevistador, seja por parte da mãe da criança, o que diminuiu a possibilidade de erros sistemáticos.

O caráter probabilístico e a implementação bem sucedida dos procedimentos empregados para a seleção da amostra original da pesquisa “Saúde e Nutrição das Crianças de São Paulo” indicam que os resultados do presente estudo podem ser estendidos para o conjunto da população infantil do Município de São Paulo.

Em teoria, a influência negativa do consumo de leite sobre a concentração de hemoglobina pode ser devida a dois mecanismos: o diluidor e o inibidor. O mecanismo diluidor se deve à baixa concentração de ferro presente no leite de vaca enquanto o inibidor estaria relacionado à presença no leite de cálcio, caseína e proteína do soro, elementos comprovadamente inibidores da absorção de ferro pelo organismo humano.4,5,17 Os resultados encontrados confirmam a importância desses dois mecanismos.

Outro possível mecanismo para a ação negativa do leite de vaca sobre a concentração da hemoglobina seriam os microsangramentos na mucosa intestinal que poderiam ser provocados pelo consumo de leite “in natura” ou pasteurizado, mas não pelo consumo de leite em pó diluído. Esses microsangramentos têm sido relatados na literatura especificamente em crianças no primeiro ano de vida.1,15 Entretanto, a inclusão neste trabalho de modelos de regressão do tipo de leite ingerido pela criança não indicou associação entre essa variável e a concentração de hemoglobina, seja no conjunto da amostra de menores de cinco anos seja em crianças no primeiro ano de vida (dados não mostrados).

O consumo excessivo de leite de vaca não modificado não é usualmente explicitado como determinante relevante da anemia na infância em publicações nacionais e internacionais que tratam do tema.2,11,20,21 Recente publicação da OMS, no entanto, recomenda que a ingestão de leite não coincida com as refeições principais.23

A Soja e seu Poder de Nutricão com Baixo Custo

Esse Projeto tem por objetivo divulgar a utilização da soja como elemento básico da alimentação, visando seu alto teor nutritivo, baixo custo e utilização diversificada.

Com apenas R$0,50 é possível preparar:
*1 litro de leite de soja
*1 Pão de soja de 500g
*1 Pote de Patê de OKara (resíduo da preparação do leite)

Parece brincadeira, mas não é!

As receitas e forma de preparo estão neste blog....teste, prove, divulgue!!!!

Receita do Leite de Soja



Fazer leite de soja em casa não é o bicho de 7 cabeças que pintam por aí. Siga a receita abaixo e faça seu próprio leite. Quando comparado aos leitos industrializados, o custo é muito menor e a qualidade muito superior. Faça! Se não ficar bom, me escreva e tire as suas dúvidas...Insista e realize!

Ingredientes:
- 1 xícaras (chá) de grãos de soja escolhidos e sem lavar (nunca lave a soja crua em água fria)- 2 litros de água filtrada

Modo de preparo:
- Ferver um litro de água.
- Colocar os grãos e contar cinco minutos a partir da nova fervura.
- Escorrer a água e lavar os grãos em água corrente, até esfriá-los completamente.

- Colocar o restante da água (1 litro) para ferver, cozinhar os grãos por vinte minutos. Não descartar a água.
- Quando estiver morno, bater os grãos e a água no liquidificador por 5 minutos.
- Coar em pano de algodão limpo e espremer bem, com o auxílio das mãos, através do pano.
- O líquido filtrado é o extrato de soja (leite) e a massa restante, o resíduo ou "okara".
- Levar o extrato novamente ao fogo e ferver por dois minutos. Deixe amornar e guarde em jarra de vidro escuro na geladeira por, no máximo, 3 dias.

Utilize o leite frio para fazer sucos, substituir o leite de vaca em receitas de bolos, tortas, flans, pudins, etc...

Pão de Soja (Maravilhoso e Muito Nutritivo)














Fermento:
- 1 1/2 colheres (sopa) de fermento de pão
- 1 1/12 colheres (sopa) de açúcar
- 1/2 xícara (chá) de água morna
- 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo

Massa:
- 1/8 de xícara (chá) de óleo de soja
- 1 1/12 colheres (sopa) de açúcar
- 1/2 colher (sopa) rasa de sal
- 1 xícaras (chá) de resíduo de soja (massa que fica no filtro quando se produz leite de soja)
- 2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 1/2 xícara de água morna

Modo de preparo:
Fermento:
Em um recipiente (bacia), dissolver o fermento com o açúcar,só quando estiver dissolvido acrescente a água e os demais ingredientes.A mistura deve formar uma massa pastosa. Cobrir com plástico e, deixar em repouso para crescer, por 15 minutos.

Massa:
Misturar ao fermento, o resíduo, o açúcar e o óleo. Adicionar aos poucos, a farinha de trigo, trabalhando a massa até que os ingredientes se unam e a massa se desprenda dos dedos. Moldar os pães no formato desejado, dispor em formas untadas e polvilhadas com farinha de trigo, deixar crescer por uma hora ou até dobrarem de volume, assar por 30 minutos em forno pré-aquecido.

Esse pão é especialmente nutritivo e muito saboroso.

Patês de soja

Patê de soja com Tomate seco
Ingredientes
1 xícara (chá) de resíduo de soja
1/2 xícara de tomate seco

Modo de preparo
Bata no liquidificador o resíduo de soja com o tomate seco. Guarde na geladeira por, no máximo, 5 dias.


Patê de soja com Azeitonas Pretas
Ingredientes
1 xícara (chá) de resíduo de soja
1/2 xícara de azeitonas pretas

Modo de preparo
Bata no liquidificador o resíduo de soja com as azeitonas descaroçadas. Guarde na geladeira por, no máximo, 5 dias.

APRESENTAÇÃO.

A promoção de uma alimentação adequada não pode se limitar a proporcionar à população o acesso à alimentação, mas deve vincular a esta condição a necessidade de que os alimentos sejam também de qualidade, nutricionalmente adequados, e estejam disponíveis em condição permanente. Fundamental, também, é estimular a autonomia dos indivíduos quanto a suas práticas e escolhas alimentares, o que demanda um processo educativo dinâmico, capacitando agentes sociais como multiplicadores do conhecimento.
Estudos evidenciam que a população norte-americana se torna mais obesa a cada dia, e já registra como segunda causa de morte no país as doenças decorrentes da má alimentação, que geram doenças cardiovasculares, respiratórias, entre outras. A partir dessa constatação fica claro que saúde não é, necessariamente, uma conseqüência de riqueza ou condição material, mas de uma postura adequada diante da alimentação.

No Brasil também estamos percebendo, a cada ano, aumento significativo dos problemas decorrentes da obesidade. Pesquisas recentes mostram que, aproximadamente, 40% dos brasileiros estão acima do peso e com sua saúde comprometida.

São inúmeras as pesquisas realizadas na área médica no Japão, China, nos Estados Unidos, Europa e Brasil que comprovam os benefícios da soja na prevenção de doenças crônicas. O consumo da proteína de soja desempenha um papel muito importante no controle do LDL Colesterol (chamado comumente de colesterol ruim), pois é composto de gorduras poliinsaturadas e monossaturadas e pobre em gorduras saturadas o que não acarreta na formação de placas de gordura nas artérias prevenindo assim um possível infarto do miocárdio ou Acidente Vascular Cerebral. Além disso, é muito rica em Cálcio, Ferro, Fósforo, Potássio e vitaminas do complexo B. É importante também salientar que a proteína de soja também possui em sua composição química os fitoestrógeneos, que são substancias que tem o papel de prevenir a perca de cálcio provocada pela chegada da idade evitando assim o surgimento da osteoporose, alem de reduzir a possibilidade de produção das células cancerígenas. Para aqueles que estão preocupados em manter a juventude temos uma boa noticia os fitoestrógenos também tem um papel muito importante para metabolismo que é de evitar a oxidação celular retardando envelhecimento.

Mesmo com todos seus benefícios já comprovados e, sendo o Brasil, o segundo maior produtor deste grão, pesquisas revelam que os brasileiros não são grandes adeptos da soja e seus derivados. Logicamente os processados, como os leites, iogurtes e tantos outros tem maior aceitação e pouco se fala da versatilidade e baixo custo que, o grão pode oferecer.
O Projeto GRÃOS DE OURO tem por objetivo melhorar a qualidade de vida das comunidades em que atuar, inserindo na sua alimentação a soja em grão, através da produção direta do leite e da okara (sub-produto do leite), capacitando os participantes como multiplicadores das técnicas desenvolvidas.